terça-feira, 29 de maio de 2012

O Morcego e o donut

Flicker Book João Pedro Araújo





Era uma vez um morcego que estava escondido numa toca. De repente, passou o João a comer um donut. Como o morcego estava esfomeado, voou rapidamente em direção ao bolo e devorou-o de uma só vez. Então, o João ficou triste e com fome.
João Pedro Araújo

segunda-feira, 28 de maio de 2012

O morcego e a estrela

Flicker BooK Débora Correia




Era uma vez um morcego que vivia numa caverna. O morcego era azul, tinha os olhos verdes, era muito grande e tinha umas asas muito compridas.

Certa noite, o morcego sentiu muito calor dentro da caverna e decidiu sair para se refrescar. Sentou- se à beira do rio, a ler um livro. De repente, foi surpreendido por uma luz brilhante que refletia na água do rio. Então, quando viu aquela luz, o morcego, muito admirado, levantou-se e tentou apanhá-la. Deu um grande salto no ar e agarrou-a com as duas asas. A partir daquele dia, o morcego chamou Rita à estrela e ficaram felizes para sempre.

Débora Correia

Era uma vez uma jovem que se chamava Bélisa.




Era alta, magra, simpática, com uns lindos olhos e um fantástico cabelo. A jovem tinha 37 anos mas não parecia. A Bélisa tinha sonhos: ser um dia famosa como modelo e ser princesa. Ninguém sabia dos seus sonhos a não ser uma amiga.
A jovem teve que contar à família que encarou bem o sonho de ser modelo mas não o de ser princesa.
Chegou um dia em que a Bélisa teve uma proposta. Sabem qual foi? Eu conto-vos...
Era para ser modelo. Foi a uma entrevista ver as condições e aceitou. Chegou a casa e disse a família: “sou modelo.”
Aceitaram bem mas a vida surpreendeu a jovem. Bélisa foi modelo mas não era aquele o seu destino.
Foi saindo e conhecendo um rapaz. Chegou um dia em que o rapaz lhe perguntou qual era o seu maior sonho. Ela respondeu: “Princesa”. Passando o tempo a olhar um para o outro, deu em namoro. Mais tarde, o rapaz pediu-a em casamento e a jovem aceitou.
O casamento foi num sítio que ela tanto desejava: no castelo.
Ele veio busca-la num cavalo branco. Mal ela sabia que ele era príncipe.
Ficaram a reinar os dois no castelo e no reino.


Sónia Dantas

Rainha dos Corações



Era uma vez uma jovem chamada LISABE.
Essa jovem tem 43 anos.
Uns lindos olhos verdes, cabelo castalho, longo e sedoso.
Um dia, essa jovem foi passear com o seu animal de estimação pela floresta.
E, enquanto deixava o animal ir dar a sua volta inventava fazer alguma coisa.
Como o fazer um chapéu.
Esse chapéu, para ela, era muito especial: como ela estava muito apaixonada, o chapéu estava cheio de coraçõezinhos por todo o lado.
Até que, um dia de semana, inscreveu-se num desfile com outras pessoas para se escolher o melhor. No final, o júri votou e ganhou o chapéu dos corações.
A partir de então ficou a rainha dos corações.
Sónia Dantas

sábado, 26 de maio de 2012

As duas mulheres que queriam passar férias




Era uma vez duas mulheres.
A Sabeli era alta, magra, uns olhos que não cor certa, um rosto brilhante como uma boneca de porcelana e cabelo castanho claro, a fugir para a terra. Nunca o prende. A sua pele é muito especial, maravilhosa e sedosa.
Tem 37anos.
A sua amiga, Eresta, é alta e magrinha, tem um cabelo castanho com madeixas, uns olhos castanhos-claros e um rosto da cor de uma rosa lilás.
Tem 49 anos.
Trabalham as duas no mesmo sítio.
A Sabeli é tratada por Assassina e mazinha.
A Eresta é tratada por Princesa.
  Quem lhes deu o nome fui eu.
Nenhuma das duas parece ter a idade que tem.
Sabeli é mãe de dois filhos mas continua a ter um brilhante corpo.
A princesa tem o corpo em forma.
Um dia, cheguei ao seu local de trabalho, estavam as duas a falar que tinham um sonho e que gostavam que ele se concretizasse: gostavam muito de ir às Caraíbas.
Então eu disse: “Eu só levo a princesa porque há gente que diz que eu não entendo o que me quer dizer e que sou chata”.
Depois, falei com a mazinha e perguntei se também queria que a levasse e ela respondeu: “Claro se me levares, vou”.
Fomos marcar o dia e a hora para podermos sair e passar as brilhantes férias que tanto desejavam.
Chegou o dia e, enquanto íamos no avião, aproveitámos para tirar fotos.
Quando chegámos lá, fomos ver o quarto e, depois, a cidade maravilhosa.
Só tínhamos 3 dias.
À noite fomos comer mas a comida não era como a de Portugal.
Depois, fomos cada uma para a sua cama.
No segundo dia, mal acordámos, fomos tomar o pequeno-almoço na esplanada.
Tivemos que ir ao hotel para almoçar e, depois, fomos ver o mar e a natureza.
No dia seguinte, depois de tomarmos o pequeno-almoço fomos ver o resto que ainda nos faltava e aproveitar ao máximo o tempo que nos restava.
Depois tivemos que regressar, com muitas saudades de lá.
Mas trouxemos fotos e recordações para não esquecermos.
E assim foi.
Consegui concretizar o sonho de Sabeli e Eresta.

Sónia Dantas

O encontro que nos uniu




A personagem da minha história chama-se Sabeli.
Tem 37  anos, uns lindos olhos castanhos da cor da terra, cabelo castanho, longo, sedoso e brilhante que espelha ao sol. Anda sempre com ele solto, nunca o prende. Tem um bonito rosto, da cor de uma boneca de porcelana. Uma bonita pele, maravilhosa e sedosa.
Um bonito sorriso que consegue impressionar uma pessoa. O sonho de Sabeli é continuar a trabalhar, a ser feliz junto da sua família. Mas o sonho mais bonito é ir passar ferias para um sítio sossegado.
Descobri que Sabeli não é como as outras mulheres.
É uma mulher bonita, simpática e não é como pensa.
Por dentro até tem um enorme coração maravilhoso.
Tive a curiosidade de conhecer Sabeli.
Sabem como a conheci?
Vou contar-vos como foi.
Sabeli estava a descer as escadas do sítio onde trabalha e eu a subir. Então fui-me meter com ela.
Mas não correu bem.
Porque eu ia tentar desapertar os fechos das botas para a conhecer melhor.
Mas tive azar.
Parecia que deus não queria.
Por fim aconteceu uma grande desgraça.
Querem saber como?
Arranhou-me na cara, parecia uma gatinha com as unhas afiadas.
Eu não acreditei que fosse sem querer. Era para ela vir ter comigo e assim conhecê-la melhor.
E assim foi!
Veio ter comigo. Eu pensei bem e entendi.
E assim ficámos amigas. Valeu a pena ficar magoada porque consegui ser sua amiga, só foi pena ficar chateada, estes últimos dias, por uma estupidez de uma aluna.
Mas custa-me muito, às vezes, ter que passar e não conseguir falar. Desta vez, Deus foi meu amigo: fez-me mandar os problemas para trás das costas e não perder a bonita amizade entre aluna e professora. Mas nunca consegui dizer porque é que estive chateada com ela.
É a melhor pessoa e faz as melhores histórias.
É pena não se interessar pela escrita.
Nunca se sabe se, um dia, eu e ela não passamos a ser umas brilhantes escritoras.
O que interessa é que ficou tudo bem. Acho eu.
Mas aproveito para dizer e escrever que é a melhor pessoa e a melhor professora.
Só sei que gosto muito de Sabeli.
(Ao contrário dela.)

Sónia Dantas

O QUE NOS SEPARA





Era uma vez, uma jovem chamada Belisa. Tem 43 anos. Tem um fantástico rosto, uma pele maravilhosa, uns olhos de fazer ciúmes e um sorriso encantador.
Na quinta-feira, a Belisa foi à cabeleireira e veio toda chique. Linda, como sempre.
Nesse dia, falou mas não muito porque estava cheia de trabalho.
A partir daí, já não se reconhece a Belisa. Anda diferente, fria e distante. Pensa que, por alguns alunos serem escritores são mais do que os outros. Mas está enganada. São todos iguais.
Tudo bem pode adorar uns e outros. Não, que seja o meu caso.
Mas eu adoro-a e é difícil ela acreditar nisto. Eu adoro-a e tento dar carinho, amor, apoio. Ela não deixa. Quando lhe quero dar um beijo, foge. Mas a distância custa muito...
 Ninguém sabe o que custa. Só eu. Estar afastada, não receber o sorriso dela, as suas palavras doces. Mas gosto muito dela. Lutarei, lutarei sempre, até ao fim da minha vida,
 pela nossa amizade. Se acabar por aqui, fico feliz por tê-la conhecido e por a nossa amizade chegar onde chegou.
Adoro-a. Nunca o esqueça. 

Sónia Dantas

Coroas Mágicas

Rainha das Borboletas

Um certo  dia, a Beatriz   sonhou que era  a  rainha das  borboletas e que voava com vestidos de todas as cores.

Beatriz Fernandes



Rei das batatas fritas e do ovo estrelado

Um certo dia, o Octávio sonhou que era cozinheiro e que tinha um restaurante: “O rei das batatas fritas e do ovo estrelado”.
O restaurante estava sempre cheio de crianças muito felizes e que comiam tudo o que estava no prato.

Octávio Casimiro



Rainha das Fadas


Um certo dia, a Juliana adormeceu e sonhou que era a rainha das fadas e que vivia num palácio cor-de-rosa.
Nesse palácio viviam muitas fadas, todas elas com diferentes poderes:
A fada Rosa que ajudava as flores a crescer bem e coloridas.
A fada Vénus que ajudava o planeta a ser um sítio bom e maravilhoso para se viver.
A fada da preguiça para nos ajudar a descansar.
A fada carinhosa que ajudava a cuidar dos bebés e dos mais velhos.
A fada rica que dava dinheiro para as pessoas gastarem.
A fada bordadeira que ajudava as mulheres a bordar.
E por fim a  rainha das fadas que reunia todos os poderes.

Juliana Sequeira



quarta-feira, 23 de maio de 2012

Cantiga de uma fada boa sobre o Carlos e Maria - Escritor João Pedro Mésseder




Cantiga de uma fada boa sobre o Carlos e Maria

A partir de um desenho da Débora Correia




Olha o Carlos e a Maria,
Dois noivos tão aprumados,
Ela de branco vestida,
Ele de negro trajado.

É um sol o coração
Que a Maria traz no peito;
Quanto ao semblante do Carlos
É de um marido a preceito.

O amor que os ilumina
É a raiz das suas vidas
E o sorriso nos seus lábios
Só o ponto de partida.

Viva o Carlos e a Maria,
Os noivos aqui retratados.
Eu que sou uma fada boa
Vou já querê-los bem fadados.


João Pedro Mésseder
Maio, 2012


Agradecimento



 Boa tarde Sr. João Pedro Mésseder,
Recebi o poema que escreveu sobre o meu desenho e fiquei muito feliz. Já o li várias vezes e gostei muito. Tal como sugeriu, pedi à minha professora de Expressão Musical ajuda para compor uma música a partir do poema e ela vai ajudar-me. Vamos dando notícias através do nosso blogue, cujo link é http://olivrodolivro.blogspot.pt.

Mais uma vez agradeço a sua atenção e o seu poema
Um abraço 

Débora Correia

O rei poeta - Leitura e escrita




Rei dos Pássaros-Manuel Casimiro

Rei dos Gatos - Micael Sousa


Rei das Aranhas - João Araújo

Era uma vez um menino sonhador que gostava de escrever poemas. O menino chamava-se Dinis e era filho do rei D. Afonso III. Certo dia, inesperadamente, o rei morreu. Então, Dinis, com apenas 18 anos, tornou-se D. Dinis, rei de Portugal.
O reino organizou uma grande festa para comemorar a subida de D. Dinis ao trono. Eram muitos os convidados e todos iam vestidos a rigor. Os homens levavam lindos chapéus e as senhoras usavam coroas, com imensos brilhantes. Os chapéus eram todos muito engraçados e tinham sido feitos para a festa do rei poeta. Um deles tinha vários pássaros coloridos, com asas prateadas. Um outro chapéu tinha gatos amarelos e cor de laranja e havia um que também era bastante animado, era azul e prateado e tinha algumas aranhas.
A festa decorria num ambiente alegre e tranquilo e os convidados preparavam-se para se sentar a almoçar. De repente, acontece o inesperado. Os pássaros do chapéu esvoaçaram em direção ao teto do grande salão do castelo, onde decorria o almoço. Vendo os pássaros a voar, os gatos do outro chapéu precipitaram-se sobre os convidados, correndo a grande velocidade atrás das aves. Com toda aquela confusão as coitadas das aranhas não puderam continuar tranquilas no seu chapéu e fugiram com todas as suas patas. Perante esta situação D. Dinis teve uma ideia brilhante: levantou-se e começou a declamar um poema sobre animais, que tinha escrito alguns dias antes. Assim, os pássaros e os gatos, quando ouviram aqueles versos, esqueceram a correria e voltaram rapidamente aos seus chapéus. As aranhas, essas caminhavam tão lentamente, e o salão era tão grande, que não conseguiram voltar ao chapéu e ficaram, para sempre, no castelo a construir teias.

Grupo2

Texto redigido pelos alunos do grupo 2, a partir da leitura do livro “Era uma vez um rei poeta” de José Jorge Letria e dos chapéus criados pelos discentes em Expressão Plástica.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Os três chapéus na festa das flores - leitura e escrita


 Rainha das Andorinhas - Débora Correia


Rainha do Coração de Espadas - Catarina Rodrigues

  Rei dos Cavalos - Filipe Gomes    


           
Era uma vez uma menina chamada Anita, que vivia no Alentejo. Anita vivia na Aldeia das Flores, onde, uma vez por ano, era realizada a festa com o mesmo nome, a “Festa das flores”. Todos os anos, a festa reunia milhares de pessoas.
Há cerca de dez anos, todas as crianças da aldeia quiseram desfilar no cortejo. Para isso, os meninos, com a ajuda dos pais, construíram carros alegóricos. A Anita decidiu fazer uma chaleira japonesa, enquanto a sua amiga Cláudia construiu um helicóptero. Os meninos enfeitaram as suas bicicletas e formaram o grupo dos “Ciclistas de São Cristóvão”. As crianças apanharam flores junto do rio e depois cobriram os seus carros alegóricos. Todos eram muito coloridos e originais!
Enquanto decorria o desfile, o público assistia e aplaudia alegremente. Todas as senhoras que assistiam ao cortejo usavam chapéu. Cada um era diferente dos outros, mas eram todos lindos. Também o avô Nicolau, que conduzia o seu calhambeque com a ajuda do Pantufa, o cão da Anita, usava um lindo chapéu. Era uma cartola colorida, com um cavalo branco de olhos azuis e crina cinzenta.
A mãe da Anita também tinha um chapéu muito bonito, com um ninho de andorinhas. De repente, ia o cortejo a meio da avenida, a andorinha do chapéu voou livremente no céu azul. Todos olharam com espanto a ave que, num voo muito rápido, arrancou, com o seu bico, um coração que decorava o chapéu de uma outra senhora. A andorinha foi junto do senhor Nicolau e entregou aquele coração ao cavalo da cartola do avô. Muito rapidamente, o animal saltou do chapéu e começou a galopar, acompanhando o desfile a trote. No final, o cavalo foi beber água numa das chávenas japonesas da Anita.
Foi uma linda festa, muito especial, pois a andorinha conseguiu dar vida ao cavalo branco, dando-lhe um coração forte e valente. A partir daquele desfile, a andorinha e o cavalo participaram sempre no cortejo da Festa das flores.


Texto escrito pelo Grupo 3 tendo como base a leitura do livro “Anita na festa das flores” e os chapéus criados pelos alunos em Expressão Plástica.
Grupo 3

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Ai o que eu ia dizer…


Foto de Andreia Ribeiro - Camera Art FX


Era uma vez uma rapariga que frequentava a Escola básica 2,3/s Pintor José de Brito. Esta ia sempre às aulas e estava sempre a comentar: Ai o que eu ia dizer, mas não concluía a frase. Era uma rapariga muito irrequieta, muito faladora, e tinha o costume de bater na mesa com o punho, para além de estalar os dedos da mão direita.

  No final do ano letivo 2011/2012 saiu daquela escola. Até podemos dizer que “estava morta” por isso, porque um professor lhe chamava muitas vezes “Maria”, o que a irritava. Ela tinha 19 anos e queria muito ir trabalhar para os Jardins Silvestres, para poder estar junto de um Sr. Engenheiro simpático que lá trabalha. Mas, claro, adorava cuidar de plantas e flores.

Era uma rapariga que andava sempre muito atarefada e preocupada com o que ainda tinha para fazer. Até nos cansávamos só de a ouvirmos falar de tantos afazeres!
Porém, no fundo, era simpática, boa amiga, ajudava os colegas e era atenciosa para com os professores, apesar de resmungar com toda a gente lá na escola… Também era dona de uma grande alegria, o que nos encantava!
Os seus olhos azuis cor de céu, com pestanas compridas e enrolados, faziam lembrar um mar de sonhos. Desejamos que consiga concretizar sempre os seus!
Ah! Já nos esquecíamos: Ai o que eu ia dizer…
Ela era a Andreia, perceberam?!


David Parente e Raul Gomes, Grupo 5

O João Coxo




Era uma vez o João, que trabalhava no quinto andar dum prédio e, ao subir ao andaime, descuidou-se, caiu e magoou-se, tendo ficado coxo da perna direita. As pessoas ao verem o menino ao longe caído no chão começaram a gritar:
- Olha o João, caiu!!!
O menino ouviu aquilo, mas levantou-se e continuou sempre andar, não fazendo caso.
A senhora Andreia, que estava ao lado, perguntou:
- Quem é o João?
- É o João Carlos! Aquele menino que passou por nós ali - responderam as pessoas.
A Andreia, ao saber que era o João Carlos, pegou na bicicleta e foi apressadamente a casa do David. Quando lá chegou, bateu à porta e disse:
- Sou a Andreia!
- Ah, entra! - respondeu o David.
- Eu vim aqui dar-te uma notícia.
- Que notícia?
- Sabes que é o João? O João que agora está coxo? Aquele que sofreu uma queda no trabalho…
- Não! Já ouvi falar, mas não sei quem é…
- O João coxo é o João Carlos!
O David pegou no telemóvel e ligou para o Raúl rapidamente. Este atendeu assim:
- ‘Tou, quem fala?
- Sou o David.
- Ah, és tu! Passa-se alguma coisa?
- Não! Eu é que liguei por outro motivo. Sabes quem é o menino que anda coxo.
- Não!
- É o João Carlos!
- Eu bem sabia que era ele, só há um João nesta Freguesia! - respondeu o Raúl.
Eles os três combinaram encontrar-se na praia Norte. Os três jovens, como combinado, entraram para o carro e disseram:
- Vamos falar com o João Coxo!
Os amigos, ao passar pela loja do D. Henriqueta, viram o João Coxo, e entraram no tasco do Sr. Necas.
Decidiram estacionar no parque que era à frente do tasco, do lado direito. Os três rapazes entraram na taberna do Sr. Necas e cumprimentaram:
- Bom dia!
- Bons Dias! - respondeu o Sr. Necas com entusiasmo.
O João Carlos ia sempre lá comer o pão com moelas e lá estava, sem falta.
Os amigos beberam o seu copo de cerveja e despediram-se:
- Xau, até logo!
- O João Carlos respondeu:
- Esperem! Já ides embora?
- Já. Temos muito o que fazer.
- O João pediu:
- Sentem-se aqui um bocado que vocês já vão...
O João Carlos pegou e ofereceu um pão com moelas aos três jovens e uma bebida. Estes agradeceram assim:
- Muito obrigado por ter oferecido o pão e a bebida! É muito simpático da sua parte!
- Não têm nada que agradecer – respondeu o João Carlos.
O João Carlos pôs-se a pé e foi pagar a despesa. Ao ir embora despediu-se:
- Até amanhã!
- Xau, até amanhã! Vai de carro? – perguntaram os três amigos.
- Não, vou a pé.
Então, espere aí, nós levámo-lo para a frente.
- Não, deixem estar, obrigado, não vale a pena incomodarem-se.
- Porém, os três disseram rapidamente:
- Não senhor, vai connosco! Nós também vamos a Viana e, de caminho, deixámo-lo à porta. Escusa de ir a pé que é muito longe e assim poupa as pernas…
O João Carlos respondeu:
- Está bem, pronto, vou convosco para a frente e faço-vos a vontade.
Curioso, perguntou:
- Vocês são irmãos?
- Não! Nós os três somos muito amigos uns dos outros e damo-nos lindamente, por isso andamos sempre juntos.
O João Carlos e os três jovens, depois de conversarem mais um pouco, ficaram amigos para sempre.

Andreia Ribeiro

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Apreciação escrita da História de Bernardete Costa





Depois de lermos conjuntamente a versão da história das máscaras Sassai e Nirumbé redigida pela professora Bernardete Costa, ficámos encantados com a sua criatividade.
A escritora decidiu transformar os construtores das Máscaras - David e Raúl – em personagens e especiais como o Feiticeiro de Oz e o Mago Merlim, respetivamente.
Na sua opinião, Sassai e Nirumbé eram muito amigos, namoradinhos de fresco. Ela era a Sassai e ele o Nirumbé. O casalinho resolveu participar no desfile de Carnaval, mas Sassai sofreu um acidente no meio da confusão, o que deixou o Feiticeiro de Oz muito triste. Merlim conseguiu segurar Nirumbé, até que a chuva que caiu inesperadamente e destruiu o seu rosto.
Finalizando, a história não teve o final mais feliz, mas o sol regressou para animar os mágicos Raúl e David.

Grupo 5

terça-feira, 8 de maio de 2012

SASSAI E NIRUMBÉ - escritora Bernadete Costa


Máscara David Parente


Máscara Raúl Gomes


Sassai e Nirumbé eram muito amigos, bom, diremos até mais do que amigos, namoradinhos de fresco, acabadinhos de sair das mãos de artista de Raúl e David, meninos especiais e dotados para as artes. Sendo estes meninos especiais, também o eram porque possuíam poderes mágicos: Raúl encarnava a personagem do fantástico mago Merlim, e David vestia a roupagem do incrível Feiticeiro de Oz, ainda que a residirem no sonho da sua criatividade. Eles elaboraram um casalinho de máscaras muito diferente das restantes que, seguramente, haveriam de formigar pelas ruas da cidade de Viana do Castelo, no dia de carnaval, soalheiro, por certo.
Compete aqui esclarecer que Raúl e David, respectivamente, o mago Merlin e o feiticeiro de Oz nos seus sonhos, já cá se mencionou, fizeram nascer aquelas máscaras com muito amor. Um amor que abrasava o céu, beijava o vento… Lindo, não é?
Assim de imediato as máscaras foram batizadas: ela, Sassai,  e ele, Nirumbé.
Obviamente, como grandes mágicos que eram, as suas máscaras ganharam vida própria logo após o seu nascimento, não esquecendo, como já se aperceberam, a parte sentimental, amorosa… Nas mãos dos nossos amigos, diziam as máscaras uma para a outra, “agora que te encontrei não pretendo separar-me de ti”; saiba-se que as máscaras haviam rejeitado, veementemente, serem separadas como pretenderam os seus criadores. Uma por esta rua, outra por aquela…. Dirá quem aqui me lê, “o amor não é fácil para ninguém”, não sejamos pessimistas, pressagio eu.

Retomando o início da nossa história, um casal de máscaras, namoradinhos de fresco, acabara de sair das mãos talentosas de Raúl e David, heróis virtuais em seus sonhos de criatividade e imaginação.

O dia de carnaval despertara quente, por isso, propício à brincadeira e ao desfile pelas ruas da cidade, aliás, como o boletim meteorológico havia previsto e, ainda bem, desta feita, não se enganara. Diremos mais, um dia com cheiro intenso a sol!
No princípio, o casal de máscaras chocou um pouco o grupo das outras, porque todas bem aperaltadas com laços e fitas, bocas de cereja, cabelos de fogo frisados, etc, etc, etc…
Entretanto, o desfile começou. Sassai e Nirumbé riam-se a não poder mais, imaginem, com o medo que pregavam ao susto! E as pessoas, com olhares enviesados como se dissessem, “esquisitas máscaras, diferentes, nada bonitas…”
A certa altura do divertido dia, com aquela grande confusão carnavalesca, Sassai tomba da mão de David. Cai, rola um pouco pelo chão… e perde-se da vista do menino que grita: Sassai, Sassai!…
Nirumbé, por sua vez, amarra-se com firmeza à mão do seu criador, deixando deslizar um olhar triste e lacrimoso pela rua a fervilhar de multidão, nunca mais avistando Sassai.
O feiticeiro de Oz, como quem diz David, ainda pensa recorrer aos seus dotes de mago dos sonhos, mas ele está muito acordado no momento; mira Nirumbé que cabisbaixo deixa morrer o sorriso que se transforma num esgar de dor, uma cicatriz de tristeza a riscar o seu rosto de papelão às cores.
Por sua vez, Merlin, ou seja, Raúl, com uma tristeza de pai que perde o seu filho, acaricia as barbas e o bigode de Nirumbé numa tentativa de lhe fazer voltar o riso à boca bem escancarada, num esforço de o compensar da sua perda.
De repente, uma chuva oriunda dum céu polvilhado de nuvens irrompe das sombras negras como que solidárias com a mágoa daqueles dois.
Raúl fica muito quieto, e enquanto a roupa se encharca olha desalentado Nirumbé que se vai descolorindo, amolecendo, transformando-se em papa amorfa de cartão, papel e tinta.
Pelas pedras da rua, um rio de cor forma um charco de lágrimas, vermelhas.
Raúl e David observam as suas mãos vazias sentindo de novo o sol a querer brincar ao carnaval, e sussurram como mágicos que não são: Sassai Nirumbé…Sassai, Nirumbé…


escritora 
Bernardete Costa, 2012.