terça-feira, 29 de março de 2011

Uma questão de cor





Esta história passou-se num dia radiante de sol, quente e amarelo, no país dos amarelos, em volta tudo era amarelo, as pessoas, os animais, as casas, a comida, enfim tudo o que existia tinha a mesma cor, o amarelo.

Certa manhã, enquanto as crianças do país amarelo jogavam à bola num parque de relva amarela, surgiu alguém que as deixou muito curiosas e admiradas, um menino azul que se aproximou delas e perguntou se poderia brincar também.

As crianças amarelas responderam que não queriam brincar com ele porque tinha uma cor azul, bem diferente da cor amarela a que estavam habituados.

O menino sentou-se, triste e magoado, sem compreender porque o rejeitavam. Sim, eram de cores diferentes, mas no fundo todos eram crianças que gostavam de brincar, jogar, saltar, correr e conviver.

Uma das crianças amarelas ao ver o menino azul assim tão triste, aproximou-se dele e pediu-lhe que fosse brincar com os outros meninos pois tinham compreendido que ele era uma criança como todas as outras, independentemente do seu tom de pele.

E, assim foi, a partir desse dia, no país dos amarelos deixou de existir a palavra diferença, todos eram iguais, quer fossem crianças azuis, amarelas, vermelhas ou verdes.

Claúdia Franco

Snoopy



Era uma vez um menino chamado David que tinha um Cão chamado Snoopy.

O seu animal de estimação era bonito, tinha manchas no pêlo e uns bonitos olhos azuis. O seu Snoopy era muito pequeno e muito brincalhão, tinha seis meses.

Um dia, o David lembrou-se de ir dar um passeio com o seu canídeo. De repente, começou a chover e a trovejar, o seu animal assustou-se e fugiu. O seu dono andou à procura dele e não o encontrou.

O David já estava atrapalhado e desesperado… Foi para casa à espera que o seu cão aparecesse em sua casa.

No dia seguinte, viu que o Snoopy não apareceu na casota e decidiu pôr alguns anúncios com a foto do seu cão a dizer que quem o encontrasse deveria ligar para o contacto 920017891. Até prometeu uma recompensa!

Depois, foi para casa e o telemóvel começou a tocar. O David atendeu e uma senhora perguntou se estava a falar com o dono que andava à procura de um cão e ele respondeu que sim. A pessoa disse que tinha acabado de o encontrar na estrada. Ele foi buscá-lo e deu 50 euros à senhora para agradecer.

Mais tarde, o jovem pegou e levou o Snooopy à veterinária para pôr o Chip. Assim, se algum dia o cão fugir outra vez, com o número do chip iria à GNR e será mais fácil encontrar o canino.

O Snoopy nunca mais se assustou com os barulhos e tudo correu bem.

Sónia Dantas

sábado, 26 de março de 2011

O Flamingo Pinto da Costa






O Flamingo Pinto da Costa foi ao estádio da Luz ver o jogo Benfica-Porto.

Sobrevoou o estádio pousando no meio campo. O jogo já tinha começado e os jogadores ao verem tal animal, ficaram muitos surpreendidos. O flamingo Pinto da Costa apercebeu-se que o Benfica estava a ganhar por 3:0 e ficou muito chateado.

Decidiu fazer alguma coisa para alterar o resultado do jogo. De imediato, colocou-se entre os jogadores e tentou, com as suas patas, empurrar a bola para a baliza do Benfica, mas não conseguiu fazer nada. O arbitro e o juiz de linha começaram a persegui-lo e ele teve de fugir, se não era apanhado.

Desesperado, o flamingo decidiu voltar para o Porto, a sua terra natal. Dirigiu-se ao estádio do Dragão, enfiou-se no seu ninho e resolveu dormir, pois melhores dias viriam.

Raúl Gomes

quinta-feira, 17 de março de 2011

O TRINCA-ESPINHAS




Apesar de Serreleis ter um nome assim entre o estranho e o confuso, é uma aldeia bem simpática, portanto, senhores computadores, toca a aceitar este nome sem sublinhados vermelhos por baixo, se fazem o favor.

O rio Lima escolheu, e muito bem, Serreleis para fazer parte do seu caminho, espraiando-se em prazer e preguiça, confortavelmente instalado entre as margens bem distantes uma da outra. Mas, como uma qualquer terriola que se preze, Serreleis tem ainda um lago e uma menina muito especial. É um lago grande em forma de um ovo muito grande, com as águas cristalinas e azuladas da cor dos olhos da tal menina especial, a Andreia, e situado junto ao adro paroquial. Podem ver-se imensos peixes e peixinhos de diversos tamanhos e cores, de vez em quando, saltam para o ar com o desejo de voar ou de se exibir e armar.

Ora acontece que, um dia, a Andreia, a menina fixe de cabelos loiros nem compridos nem curtos, foi até junto do lago para observar os peixinhos.

Aproximou-se, meteu uma mão num saco e tirou um pedaço de pão. Atirou-o ao lago, mas ainda o pão não tinha aterrado na água azulada e cristalina e já o trinca-espinhas dava um enorme salto na água para apanhar o pão, tarefa perfeitamente conseguida. Provavelmente dava assim os saltos, porque era só espinhas, parecia um esqueleto de ossos, que coisa!

A menina Andreia não conhecia uma raça assim de peixes e olhava muito curiosa para aquele peixe assim armado em gaivota de lago de freguesia.

Ao vê-la assim curiosa, e depois de um mergulho para papar o pão já molhado e mais mole, o trinca-espinhas voltou a aparecer para dizer à menina que se chamava ranheta Andreia.


Andreia Ribeiro


Um Postal Vale Mil Ideias


David Parente

Um Postal Vale Mil Ideias


Marisa Mina

Chocacau



Há muito tempo atrás, numa antiga e velha fábrica de chocolates, foi confeccionado, com os melhores e mais especiais ingredientes, um chocolate fabuloso que falava e tinha sentimentos, deram-lhe o nome de Chocacau.

Este chocolate foi feito especialmente a pensar na filha do dono da fábrica que estava doente e acamada no hospital e precisava de um amigo.

No entanto, na manhã seguinte, aconteceu algo terrível, os empregados colocaram, por engano, o Chocacau juntamente com os outros chocolates numa linda caixa de bombons. E a caixa seguiu para o supermercado onde esteve exposta como todas as outras.

O chocacau não compreendia o que se passava e porque o teriam deixado ali dentro, como estava cansado resolveu então tirar uma soneca.

O Professor Luís Velho que fazia compras nesse supermercado, não resistiu e comprou uma caixa de chocolates porque era muito guloso.

Quando chegou a casa, sentou-se no sofá e abriu a caixa de chocolates.

Grande espanto o seu quando vê o Chocacau a espreguiçar-se e a esfregar os olhos depois de uma boa sesta.

-AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!- gritou o professor Luís Velho, muito assustado!

- Não me comas, por favor! Sei que estás com fome, mas existem mais chocolates na caixa. – disse o Chocacau.

- AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!! Tu para além de te mexeres também falas? Devo estar a enlouquecer!

Julgando estar com alucinações, o professor Luís Velho comeu de uma só vez todos os chocolates da caixa, incluindo o nosso doce e simpático Chocacau.

Que crueldade! Como castigo, passou uma semana com uma terrível dor de barriga.

Manuel Casimiro

domingo, 13 de março de 2011

O SAPO FELIZ


Era uma vez um sapo. Gordo e enorme. Diferente!

Quando apareceu na cidade, as pessoas, embasbacadas, não resistiam à tentação de olhar para ele uma, outra e outra vez ainda. Desproporcionado e repugnante, ele era, no entanto, tão alegre e transbordava uma tal confiança que se tornava deslumbrante.

Um dia, sem explicação para o sorriso tranquilo com que o sapo gordo e diferente cumprimentava as pessoas que se cruzavam com ele na rua, um menino interpelou-o:

— Olhe lá, sr. Sapo, como é que consegue ser tão simpático e feliz com esse corpo tão feio e disforme?

— Eu sou diferente porque gosto muito de aparas de lápis que, como se sabe, contêm todas as vitaminas das palavras. Quando eu como aparas de lápis aprendo tanto, tanto, tanto, que a minha memória incha, incha, incha como um balão de brincar; quanto mais aprendo, mais feliz me sinto e quanto mais feliz, mais gosto de aprender e mais aparas de lápis devoro. Um destes dias vou mesmo rebentar, não por saber muito, mas de felicidade por nunca ter desistido de aprender.

Mas não estoirou: o sapo diferente agora rebola. De felicidade!

E tem amigos por toda a cidade. Devoradores, como ele, de aparas de lápis.

Escritor

José António Franco

A FOLHA QUE NÃO CAIU


Todos os dias vou à floresta, mas não é todos os dias que se encontra uma folha com patas de lobo. Quando a vi, pareceu-me uma folha igual a todas as folhas que, no outono, caem das árvores e se acumulam na terra. Quando chove, essas folhas transformam-se num tapete castanho que se confunde com a terra e nos permite andar em cima dele como se estivéssemos em casa. Então, lembro-me que a floresta já foi, noutras épocas antigas, a casa do homem. Hoje, porém, é um mundo que nos é estranho. E quando nos contam histórias como a do Capuchinho Vermelho, que encontrou um lobo no meio das árvores quando ia para casa da avó e se demorou a conversar com ele, ou como a história do Polegarzinho que foi abandonado noutra floresta, com os irmãos, e só por ter sido muito esperto se salvou, a ele e aos irmãos, das mãos da bruxa que os queria devorar, ficamos a saber que a floresta não é um sítio simpático para nos perdermos.

Mas quando encontrei esta folha com patas de lobo não foram estas histórias que me vieram à cabeça, mas sim a necessidade de saber por que razão uma folha precisa de se transformar em lobo e vir ter comigo. A primeira questão, no entanto, foi a de saber em que língua poderia falar com uma folha. Não sabemos já a língua da natureza. Quando está vento, e o ar passa por entre as folhas da árvore, ouvimo-las dizer coisas que não entendemos, a que um poeta chamou há muito tempo a linguagem dos símbolos. Mas esta folha com patas de lobo não me parecia ser um símbolo. Podia perguntar-lhe isso mesmo:

- Acaso tu, folha com patas de lobo, és um símbolo?

E ficaria muito admirado ao ouvi-la responder:

- E o que é um símbolo?

O que isto significa é tão simples como isto: afinal, esta folha com patas de lobo fala a mesma língua que eu. E poderia continuar a conversa:

- És uma das folhas que caiu com o outono? Por que não ficaste no chão, como todas as outras folhas que caem com o outono?

E a folha com patas de lobo respondeu:

- Se tivesse ficado no chão, a chuva misturar-me-ia a todas as outras folhas e acabaria por apodrecer com elas, até me transformar nesse húmus que alimenta a terra para que outras árvores nasçam, e nos seus ramos nasçam outras folhas que hão-de cair, no outono, para que tudo se repita.

Percebi que esta folha tinha patas de lobo porque não queria ser igual a todas as outras folhas que caem com o outono. Afinal, esta folha era um símbolo. Ao não querer ser como as outras, queria mostrar a sua diferença. O meu problema, agora, era outro. Ao falar com esta folha com patas de lobo eu estava a pisar todas as folhas que tinham caído, com o outono, e me faziam andar na floresta como se estivesse a pisar um tapete. E se todas essas folhas fossem como aquela folhas com patas de lobo, e também quisessem ser diferentes umas das outras? Imaginei que havia folhas a saírem debaixo dos meus pés, umas com patas de elefante, outras com patas de tigre, outras com patas de todas as raças de cães e de gatos, e ainda folhas como peixes a correrem para dentro da água de todos os ribeiros que passam nas florestas. No fim de tudo, eu estaria rodeado por todas essas folhas com as patas de todos os animais possíveis, para além das folhas que ganhariam asas e iriam levantar voo como os pássaros que também enchem o céu sobre as florestas.

E acabei a pedir à folha com patas de lobo que deixasse de ser um símbolo e voltasse a ser uma folha, como as outras, e caísse no chão, como todas as folhas do outono. A folha com patas de lobo olhou para mim, fingiu que não tinha ouvido nada do que lhe disse, e correu para dentro da floresta, com as suas patas de lobo, deixando-me sozinho a pisar todas as folhas que atapetavam o meu caminho na floresta onde não voltei a encontrar nenhuma outra folha com patas de lobo, mas onde todas as folhas caídas se mexiam como se fossem símbolos da folha que tinha fugido de mim com as suas patas de lobo.


Poeta

Nuno Júdice

Um Carnaval pouco habitual…



Tudo se passou numa estranha Terça-feira de Carnaval.

As ruas estavam totalmente decoradas com enfeites alusivos a esta festa.

Havia, por todo o lado, fitas, serpentinas coloridas, balões e as mais diversas fantasias de Carnaval, tudo isto envolvido com música muito alegre e ritmada dava, sem dúvida, uma magnífica festa.

Todos se divertiam bastante, dançavam, bebiam e pregavam partidas próprias desta data… No entanto, de repente, algo de muito estranho se passou, os enfeites de Carnaval começaram a ganhar vida.

As pessoas entraram em pânico pois começaram a ser estranhamente atacadas, as fitas enrolavam-nas e prendiam-nas, os balões engoliam as cabeças, as serpentinas colavam-se aos corpos, fazendo com que ficassem com sarampo e a música cada vez mais alta fazia com que os ouvidos das pessoas rebentassem. Uma verdadeira loucura!

Quem consegui escapar deste massacre dos enfeites contra os humanos foram oito habitantes que fugiram num carro alegórico de Carnaval.

Não havia muito por onde se pudessem esconder pois a cidade estava toda enfeitada, mas os nossos oito sobreviventes decidiram resistir e lutar contra os enfeites.

Com o carro a grande velocidade conseguiram chegar junto das colunas que passavam aquele barulho ensurdecedor e desligaram-nas. Rapidamente, chegaram à conclusão que essa era a fonte de todo o mal.

De repente, tudo ficou calmo e voltou ao normal, o pesadelo tinha acabado e todos foram para casa descansar da enorme desgraça que tinha acontecido na cidade.

Jamais esquecerão esta estranha Terça-feira de Carnaval.

Claúdia Franco

sexta-feira, 4 de março de 2011

A história do flamingo e do gatotas



Um dia, quando um Flamingo estava tranquilo a comer peixes no rio, caiu nele. A sua sorte é que o gato, chamado Gatotas, salvou-o. Para isso, foi buscar uma corda e atou-a ao Flamingo, puxando-o para cima. Já em terra, a ave estava cheia de frio e não tinha onde ficar, pois não tinha residência. Perturbado, o Flamingo perguntou:

-Sabes de um sítio onde posso ficar? Não tenho para onde ir e estou cheio de frio e arrepiado.

Prontamente, o gato respondeu:

- Claro que sim. A minha casa é perto daqui e podes lá ficar o tempo que quiseres.

O Flamingo Chafira aceitou e perguntou quando poderia ir. O Gatotas respondeu que aquele era o momento certo. Porém, deviam aproveitar o momento para dar um passeio e recuperar do susto.

Quando chegaram a casa, viram que alguém a tinha assaltado e que tinham roubado 500 euros. O gato ficou muito aflito porque já não poderia comprar nada.

Então, o Gatotas decidiu fazer queixa à polícia. Entretanto, os dois amigos combinaram estar atentos à possível entrada de intrusos. Afinal, o criminoso volta sempre ao local do crime, não é verdade? Mais tarde, Chafira descobriu pegadas pequeninas de ratos. O gato ficou à espreita e, um dia, fez uma armadilha na qual os ratos ficaram presos. Eram eles os ladrões. Devolveram o dinheiro ao Gatotas e este resolveu deixá-los fugir.

Os ratos aprenderam a lição, o Gatotas passou a ter mais cuidado com os buracos da sua casa e o trabalho da polícia foi poupado. Afinal, nós somos os melhores guardiães da nossa casa.


Marisa Mina

quarta-feira, 2 de março de 2011

Uma história muito louca…



Era uma vez uma menina chamada Marisa Cebolas.
A Marisa tratava de uma horta e cultivava cebolas com a ajuda da sua gata a quem tinha dado o nome de Branca. No entanto, certo dia, as cebolas saltaram da terra e perseguiram a Marisa Cebolas que fugia delas o mais que podia, mas era muito complicado uma vez que estas cebolas tinham grandes braços e muitas pernas, o que fazia com que corressem a grande velocidade.
Estavam quase a apanhar a Marisa Cebolas, quando esta dá um salto e entra dentro de um autocarro. Este autocarro era muito teimoso e nunca fazia o que lhe pediam, assim levou a Marisa Cebolas de marcha atrás, numa viagem louca e perigosa, até Viana do Castelo.
Assim que pôde, saiu do autocarro julgando estar a salvo das malditas cebolas, mas grande engano o seu, elas tinham conseguido agarrar-se ao pára-choques do autocarro e seguiram, assim, a Marisa Cebolas.
Ela conseguiu arrastá-las para um caldeirão e fez uma sopa de cebola deliciosa que foi dada a comer aos alunos da Escola Pintor José de Brito.
A gata Branca também comeu da mesma sopa, enlouqueceu e arranhou a cara da Marisa Cebolas, fazendo com as suas unhas afiadas o desenho de uma cebola na testa da rapariga.
Logo de seguida, fugiu no autocarro, de marcha atrás e a grande velocidade, estacionando numa ilha paradisíaca do pacífico onde a Marisa Cebolas jamais a encontraria, passando os dias a bronzear o pêlo branco e a rebolar na areia clara e fina.

Manuel Casimiro

terça-feira, 1 de março de 2011

O sonho do Filipe.


Era uma vez um menino chamado Filipe Abel que gostava de ir a França.

Com dezanove anos, começou a trabalhar como electricista numa oficina de carros. Ao longo dos anos, o jovem juntou dinheiro e comprou um automóvel marca Ford e partiu para Paris.

Ao chegar à capital Francesa, o Filipe comprou uma casa e conheceu uma rapariga chamada Celine, no café que frequentava.

Ela era uma jovem treinadora de futebol na equipa Paris Saint German onde o rapaz Portugues se inscreveu.

O Filipe tornou-se um grande jogador de futebol e um amigo de Céline.

Filipe Abel