segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A história do Flamingo Feijão Vermelho


Era uma vez um flamingo chamado Feijão Vermelho que pousou em cima da cara do professor João Carlos Pereira porque o professor colocou a língua de fora para fazer uma careta ao senhor Manuel Casimiro.

O flamingo desequilibrou-se escorregou pela cara do professor, parando mesmo em cima da sua língua. Entretanto, o professor guardou a língua e o Feijão Vermelho ficou escondido dentro da boca. O professor não se apercebeu de nada, apenas sentiu um pequeno desconforto, no entanto pensou ser uma dor de dentes.

Quando chegou a casa disse para a mulher: - Hoje, estou com uma terrível dor de dentes!

O flamingo aproveitou o facto de o professor ter aberto a boca e escapou cá para fora. Escondeu-se no candeeiro da sala e viu a família do professor e o gato malhado que dormia no sofá. Resolveu chegar perto do gato e pousou em cima do sofá, mas o gato mexeu-se e o flamingo escorregou, agarrando-se a uma das orelhas do gato para não cair.

- Buff!!! Miaaaaaaaaaaaaaaaau!!! O gato ao ver o flamingo assustou-se, bufou, arrepiou o pêlo, ficou com o rabo no ar e saltou para cima do flamingo Feijão Vermelho, apanhou-lhe o rabo e ficou com a boca cheia de penas vermelhas.

O flamingo ficou muito chateado e foi embora muito envergonhado sem as suas belas penas vermelhas.

Manuel Casimiro

domingo, 23 de janeiro de 2011

O Senhor Flamingo




Um dia, um Flamingo português, muito bonito e exótico foi viver para o Brasil.

Ele conheceu uma flaminga brasileira chamada Rita. Gostava muito dela e convidou-a para uma viagem de regresso a Lisboa.

Na capital portuguesa, havia água morna, árvores com frutos, outras aves e mais espaço em áreas protegidas (as comidas deles eram grão de bico, massas e feijão). Todos os dias, ia uma senhora dar-lhes a comida.

A Flaminga, de sotaque brasileiro, teve dificuldade em adaptar-se à vida lisboeta. Não compreendia como o seu companheiro conseguia alimentar-se de grão de bico, massas e feijão. O Flamingo explicou à sua amada que a alimentação portuguesa era diferente e até mais saudável. O Flamingo começou a pensar em ser pai. A Flaminga ficou grávida e tiveram um filho e, depois, tiveram de ensinar o filho a comer.

Afinal, o tipo de alimentação é muito importante para a nossa saúde. O pequeno flamingo nunca ficou doente. A senhora flaminga aprendeu que o essencial não é o país onde se está, mas com quem se vive e o modo de vida que levamos.

O casal foi feliz para sempre com o seu filhote.


Sónia Dantas

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O Flamingo Comilão



Um dia, numa terra muito distante, onde caía neve e as árvores tremiam de frio, estava um belo flamingo a passear nas margens de um riacho.

De pescoço comprido, pernas longas de lentilhas, de barriga cheia de arroz, penugem de feijão e ainda com um olho de feijão branco, andava de um lado para o outro, a ave exótica em plena aldeia histórica portuguesa de Piódão.

O flamingo quase não tinha amigos, pois a andorinha, que tinha conhecido na Primavera, foi-se embora. Como estava sozinho, dedicava-se à pesca. Mas exagerava e passava o tempo todo a comer! Já não estava em forma porque engordou cinco quilos num mês.

Os peixes, que até não eram muitos, não estavam a gostar do que estava a acontecer. A lampreia, zangada, decidiu falar com a ave. Aconselhou-a a variar a alimentação e a comer leguminosas. Afinal, não havia muitos peixes neste riacho. O cardume estava a ficar reduzido.

Porém, o senhor flamingo não gostou da conversa e continuou a comer peixe. Adorava o ruivo, a solha e o sável!

Então, a enguia, o sável e a solha reuniram-se e prepararam uma armadilha: uma teia de algas onde se escondiam peixes vistosos. Quando o flamingo tentasse apanhar um deles, peixes pequenos e grandes que seguravam a teia e puxá-la-iam para que o flamingo caísse na água.

Num belo dia, o flamingo avista um peixe e zás que já está com ele na boca! Mas todos os peixes puxaram a rede que prendia o seu amigo e a ave ficou com o pescoço na água. De repente, largaram a teia e o flamingo caiu para trás na terra. Ficou magoado e as penas todas esmagadas. Ficou muito triste e chocado.

O que aconteceu? Que peixe era aquele? - Pensou a ave. Afinal, a lampreia tinha razão: era necessário mudar a sua alimentação porque comer apenas peixe já não era saudável!

O flamingo aprendeu a lição. Não voltaria a comer peixes em grandes quantidades. Apenas uma ver por semana.

David Parente

Flamingo Estrelinha




Era uma vez um flamingo com um nome muito bonito, ESTRELINHA. Tinha as penas e o corpo em tons de branco e cor-de-rosa, as estrelas decoravam o seu corpo. Media um metro e trinta centímetros de altura, pesaria aí uma dúzia de quilogramas. Era guloso, ai se era, e adorava comer algas e crustáceos, mas não era capaz de resistir a um peixinho pequenino, colorido, traquina e nervoso, a sua maior tentação, o seu único pecado capital.

Vagueava atento por ali, num povoado rural com uma dúzia de casas humildes e brancas, quando viu uma senhora a abrir uma janela da sua moradia, talvez para que a casa pudesse respirar.

Logo que a dona da casa se afastou, curioso e esfomeado, o Estrelinha aproximou-se daquela casa branca de um só piso. Pôs-se a espreitar para o interior e deu de caras com um aquário redondo, contendo três peixes vermelhos, um dos quais, o Luka, morto e esquecido ao comprido.

Aproveitando a ausência de seres humanos, entrou muito sorrateiramente dentro do edifício, dirigiu-se à casinha dos peixinhos, mergulhou dentro da água e zás… apanhou o indefeso Puka pelo bico. Comeu-o sofregamente e sem piedade, deixando como único habitante daquele aquário o ainda sortudo Tuka.

Com mais um pecado na alma, colocou-se numa desordenada fuga a sete pés, nunca mais ninguém o viu.

Dali a uma hora, a dona Francelina chegou a casa com compras e comida para os seus muito queridos peixinhos. Ao chegar perto do aquário, reparou no Luka morto e no desaparecimento do Puka. Ficou furiosa, se ficou, e pôs-se aos gritos:

- Onde está o meu Puka? Que é feito do meu Pukinha?

Resolveu então procurar uma ratoeira forte e com provas dadas no assassinato de ratazanas. Encontrou-a, montou-a e colocou-a fora de casa e junto à janela agora fechada.

Andreia Ribeiro

História da Maria Pintas



A Maria Pintas era uma estilista e manequim. Desenhava vestidos pintados por ela para, depois, fazer desfiles de moda, nos quais era ela a manequim.

Um dia, foi a uma loja chamada Zara e comprou uma casaca de couro azul. Ela vestiu-a para ir à missa e à doutrina.

O Joaquim Pirolitos perguntou:

- Maria onde compraste a casaca?

-Na loja Zara. - Respondeu.

O rapaz elogiou a peça de roupa e aproveitou para lhe pedir emprestada a casaca.

Maria Pintas concordou e pediu que lha devolvesse até ao final da tarde.

Todo contente, o Joaquim vestiu a casaca da amiga e foi jogar à bola. Mas, no final da tarde, quando chegou a hora de entregar a peça de vestuário, viu que ela estava rota.

Ficou transtornado, pois não sabia o que fazer. Sentiu que tinha traído a confiança da jovem. Para remediar a situação, foi tentar arranjar dinheiro para comprar uma casaca para a Maria Pintas.

Correu para casa e procurou no quarto o seu mealheiro. Porém, só tinha dois euros! O que fazer? A mãe não estava em casa e, como tal, não o podia ajudar. Foi então que Joaquim roubou dinheiro à mãe. Havia 100€ numa caixinha que a mãe guardava no armário da cozinha.

O Joaquim estava com a consciência pesada, mas conseguiu chegar à loja e encontrar uma casaca igual à da Maria Pintas.

Entretanto, a mãe do rapaz chegou a casa, cansada do trabalho, e foi procurar a caixinha do dinheiro porque precisava de ir ao talho. Qual não foi o seu espanto quando viu a caixa vazia.

-Desapareceu-me dinheiro! Vou Fazer queixa à Polícia!

Telefonou de imediato para as autoridades e a polícia foi a casa investigar. Levou um cão polícia chamado Max. O cão farejou a caixinha do dinheiro da mãe do Joaquim, que se chamava Cidália Catotas.

Ouviu-se as chaves na porta e eis que surge o Joaquim. Ficou muito assustado ao ver os agentes da polícia em sua casa. O cão dirigiu-se a ele, farejou-o e não parou de ladrar.

O polícia, que se chamava Manuel Pimenta, perguntou:

- Este jovem é seu filho, minha senhora? O faro de Max nunca engana! Acho que o seu filho tenha alguma coisa para nos contar.

- Foste tu, Joaquim?! Roubar o dinheiro a uma mãe?

A senhora desmaiou e nem queria acreditar em tal coisa. O cão foi imediatamente lamber a cara da Cidália para ela acordar.

Ao acordar, viu aquela cabeça enorme com a língua de fora vermelha e os olhos muito grandes com as orelhas arrebitadas e muito pêlo.

Pensou a Cidália que estava a ver um lobo e desmaiou novamente.

O policia Manuel Pimenta afastou o cão Max e abanou a senhora para ela acordar. Mas como não estava a resultar, o agente pegou num copo de água e atirou à cara de Cidália. Esta acordou a gritar:

- Estou a afogar-me!

O Joaquim contou toda a história e pediu-lhe desculpa. Contou que já tinha dado a casaca à amiga e até tinha o troco no bolso. Tinha conseguido um bom preço nos saldos. Deu muitos beijinhos na cara da mãe e comprometeu-se a dar o dinheiro que faltava. Para isso, teria de trabalhar nas férias.

O Joaquim Pirolitos aprendeu que não se deve pedir roupa emprestada, sobretudo se for para jogar à bola ou para se exibir perante os amigos. Também percebeu que não se tira dinheiro dos outros para pagar as suas dívidas.

Marisa Mina

A fuga de Deco



Era uma vez um cachorro pequenino, de pêlo preto e com patas gordinhas e felpudas. Foi deixado num canil e esperava ansiosamente por um dono…

Um dia, chegou ao canil um professor chamado João Carlos Pereira que queria levar para casa um cãozinho para oferecer aos seus filhos. E assim foi, o cachorro veio com ele para casa, deram-lhe o nome de Deco, uma cestinha fofa para dormir e muito carinho e amizade.

O Deco cresceu rodeado de amor e tornou-se um cão forte, alegre e brincalhão.

Mas, certo dia, o Deco saltou os muros da casa e foi passear, brincou com outros cães de rua, rebolou na lama, roubou comida e sentiu-se livre… gostou da sensação de liberdade!

Ao cair da noite, o Deco sentiu-se sozinho e com saudades da família, estava abatido e com as orelhas caídas. Não sabia o caminho para casa e deitou-se num banco de jardim à espera que os donos o viessem buscar…

Como ninguém aparecia, o Deco uivava à lua na esperança que o ouvissem. Uivou toda a noite até que a lua desapareceu dando lugar a um sol radioso que lhe esquentou o pêlo.

Assim, despertou o Deco e ao abrir os olhos viu o seu dono. Este reconheceu o seu uivar e não descansou enquanto não o encontrou.

O Deco regressou feliz ao seu lar!

Manuel Casimiro

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A aventura do Flamingo




Há muito, muito tempo vivia num jardim calmo, verdejante e colorido um flamingo muito vaidoso e simpático.

Neste jardim, existia um lago onde o flamingo gostava de se banhar e divertir.

Ele vivia no Jardim Zoológico de Lisboa e era o centro das atenções pois todos gostavam de o admirar. Já lá estava há muito tempo e, se inicialmente não foi fácil habituar-se a viver preso a um espaço, sem a liberdade que tanto amava, agora já não saberia viver sem aquele lugar magnífico e sem os olhares de admiração das pessoas que o visitavam.

Sim, o nosso flamingo era muito vaidoso e tinha razões para o ser pois era o animal mais belo, elegante e sedutor do Jardim Zoológico. Todas por ali andavam apaixonadas por ele, deixando os restantes machos “roídos de inveja”!

Um dia, já cansado de toda esta popularidade, o flamingo decidiu fugir do jardim e voltar à sua vida selvagem.

No entanto, como estivera tanto tempo preso, deixou de se saber proteger e, num momento de distracção, deixou-se apanhar por um caçador que o levou para a casa com a intenção de o vender e, assim, ganhar algum dinheiro com ele.

O flamingo passava os dias infelicíssimo, a recordar a bela vida que levava no Jardim Zoológico. Então, num momento de coragem, decidiu que teria de arranjar maneira de se libertar daquele sítio terrível. Com o bico roeu a grade da jaula e fugiu, rapidamente, sem ser visto.

Parou… e pensou que o melhor seria voltar ao Jardim Zoológico, onde o tratavam bem, o alimentavam, onde tinha amigos e onde se sentia feliz.

Então, o nosso flamingo regressou ao seu lar…

Claúdia Franco

História do Pardal sem rabo





Era uma vez um Pardal que voou tão alto que foi até ao sol. O sol queimou-lhe o rabo e foi parar a lua. No lado que tinha sombra, parou para refrescar o rabo.

Apareceu então a estrela Mariana, e perguntou-lhe porque lhe tinha caído o rabo. Ele disse-lhe que tinha voado muito alto e que o sol lhe tinha mordido o rabo. Ela começou-se a rir.

O Pardal sem rabo queria ir para casa, mas tinha medo que o sol lhe voltasse novamente a morder. A estrela Mariana disse-lhe que o protegia fazendo-lhe sombra. Esta começou a andar à frente do pássaro e chegaram a casa felizes.

O Pardal para agradecer à estrela Mariana fez um bolo de chocolate e organizou uma festa com os seus amigos no jardim.

O sol estava lá em cima a enviar os seus raios de calor, mas já não queimava ninguém porque eles tinham colocado protector solar. Todos olharam para o sol e começaram a fazer-lhe caretas com o dedo no nariz.

Nei! Nei! Nei!

Raúl Gomes

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

O Monstro Dentolas



Era uma vez um senhor chamado monstro dentolas, que fazia o que queria e era livre.

Gostava de ir pescar e todos os dias lá ia ele para a sua tarefa.

Lentamente, veio a conhecer outros pescadores com que foi criando amizades. Passou a falar com a senhora que estava sempre junto ao rio a analisar a qualidade da água. Ela preocupava-se com o ambiente.

O monstro era grande, bonito, simpático, mas gostava de assustar as pessoas. No entanto a Rita não se assustou e até convidou o Dentolas para ir tomar um café. Conversavam bastante, ele contou a vida dele e ela começou a gostar dele.

O Mostro convidou a Rita para fazer uma viagem até a uma ilha desconhecida. Mas, nem tudo correu bem: Perderam-se. Houve um pescador que os ajudou e que os levou de Barco até à ilha deserta.

Quando chegaram, o monstro viu muitas casas bonitas, mas reparou que apenas uma estava á venda. A Rita ficou contente, porque a ilha era muito bonita e tinha peixinhos de várias corres.

Como se entendiam bem, resolveram comprar a casa e viver juntos na ilha. Foram felizes para sempre.

Sónia Dantas

O Monstro dos Agrafos





Era uma vez um monstro dos agrafos que se chamava Sassassais. Era um monstro que tinha uma aparência humana, sendo conhecido na aldeia por Senhor Veloso.

Um certo dia, resolveu oferecer a uma vizinha uns restos de lenha que tinham sobrado, pois a seu mando, uns madeireiros tinham abatido uns pinheiros para lenha.

Esta vizinha decidiu fazer uma fogueira para queimar os desperdícios da lenha. Como tinha que se deslocar à cidade para tratar de uns assuntos, deixou a fogueira a arder. Quando voltou da cidade, não só tinham ardido os desperdícios da lenha, como também toda a lenha que se encontrava no mesmo local e que pertencia ao Senhor Veloso.

A vizinha ficou muito atrapalhada, sem saber o que dizer ao dono da lenha. Quando este foi bater à sua porta, depois de se ter apercebido que toda a sua lenha tinha ardido, perguntando-lhe o que tinha acontecido, a senhora respondeu-lhe que provavelmente teriam sido os madeireiros, os autores do crime.

Ficando muito furioso com o sucedido e querendo saciar a sua fúria, dirigiu-se à sua caverna. Quando lá chegou, devorou todos os agrafos da sua reserva, voltando à sua forma inicial: transformou-se de novo no Monstro dos Agrafos!


Raúl Gomes