Era uma vez um palácio perdido no meio da floresta… Estava abandonado porque o seu proprietário tinha morrido e não tinha filhos. Estava em ruínas e, numa das muitas salas escuras, vivia um morcego velhinho, gordo e loiro, pois os seus pais eram nórdicos.
Quando caía a noite, o morcego loiro deixava o palácio para se encontrar com a sua amiga coruja Cuca. Passearam pela floresta e perderam-se. Foram ter a uma quinta de lavradores. Desorientados, começaram a ver uns telhados, medas e fardos de palha, vinhas sem podar. Também havia campos em lavradio com ervas.
Começaram a sentir uma certa agitação e algum barulho. Olharam e viram muitos animais que dormiam: cavalos, vacas, ovelhas. Eram animais que tinham patas. Mas havia outros mais engraçados que também tinham asas.
O que será? – perguntou o morcego.
São galos, galinhas, pintainhos, perus e patos. – respondeu a coruja, que era sábia.
Não conhecia! Estão sempre dentro da cerca? Que estranho! – Acrescentou o morcego.
Claro que não! São aves domésticas e os seus donos soltam-nas durante o dia. As galinhas e as patas dão ovos para comer.
Então, minha amiga, nós somos aves selvagens.
Com esta conversa, o galo despertou e começou a cantar. Já eram cinco da manhã! O morcego assustou-se e começou a fugir, até porque já se viam as nuvens no céu. Partiu para a biblioteca do seu palácio que ficava na cave.
Mais tarde, o Loiro e a sua amiga Cuca foram pesquisar as outras aves da quinta, nas velhas enciclopédias do palácio.
David Parente
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