No Oceano Atlântico, há um polvo chamado Tintureiro, diferente de todos os outros. Os seus tentáculos são coloridos, uns curtos e outros longos, a cabeça arredondada com bonitas cores, que variam entre o rosa e o lilás.
O Tintureiro é muito comilão, pois gosta muito de comer peixes, camarões, mexilhões, amêijoas e todo as espécies de peixes pequenos.
Recentemente, houve um cardume que chegou de outro mar e decidiu fixar residência perto do tintureiro. Junto também chegaram polvos jovens que se tornaram seus amigos. Todos os dias, vão pescar e almoçar juntos.
De repente, um polvo começou a vomitar, a ficar com uma cor diferente e levaram-no para o hospital dos polvos, que ficava debaixo de uma rocha envolvida por algas de muitas cores. O caranguejo, que era o veterinário, disse que foi o princípio de um envenenamento, causado por um peixe que comeu estragado. Tiveram que dar uma medicação para o polvo começar a deitar fora o veneno que ingeriu do peixe, mas tinha de ficar em observações até ao outro dia, para ver como passava a noite.
Toda a comunidade oceânica ficou a saber o que tinha acontecido. Foi necessário tomar medidas e encontrar o causador de toda aquela poluição. Então, o senhor comissário da polícia, o Lagostim, levou a cabo um inquérito para encontrar o culpado. Descobriu-se umas manchas enormes de crude e de petróleo. Foi isso que envenenou o polvo.
Julga-se que o responsável tenha sido um petroleiro que passou há uns dias. Como os cardumes não tinham meios para fazer a limpeza, decidiram nadar para mais longe onde havia água fresca.
Entretanto, os pescadores estranharam não verem polvos nem peixes durante algum tempo. Também perceberam os efeitos da poluição e então decidiram estar mais atentos e também eles evitar poluir o mar que é de todos.
Sónia Dantas
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