Era uma vez um Monstro dos Agrafos que vivia no buraco negro, assustador e frio da árvore Matilde.
Este monstro caiu de uma nuvem cinzenta, num dia de chuva e de muita trovoada. Com esta queda foi parar em cima dos troncos da árvore Matilde. Com o passar do tempo, habituou-se ao local e acabou por gostar de lá estar, esburacou, então, no tronco da árvore o seu novo lar.
O Monstro dos Agrafos saía da árvore à noite para assustar as pessoas da aldeia mais próxima. Quando estas se dirigiam para casa, ele aparecia e agrafava as pessoas às árvores para, desta forma, poder roubar o dinheiro que traziam consigo.
Os habitantes da aldeia viviam aterrorizados com estes ataques nocturnos e já saíam de casa prevenidos com um tira-agrafos para se conseguirem soltar assim que o monstro fosse embora.
O Monstro dos Agrafos não pretendia assustar ou fazer mal às pessoas, mas esta foi a única forma que encontrou para arranjar dinheiro.
Quando conseguiu juntar todo o dinheiro que precisava deixou de agrafar as pessoas. Ele queria viajar até à Ilha da Madeira para se reencontrar com uma antiga namorada chamada Diana que lhe “tinha agrafado” o coração.
Com o dinheiro conseguiu comprar o bilhete de avião e assim pôde voltar a ver a sua apaixonada. Trouxe-a consigo e viveram juntos e felizes no buraco da árvore Matilde.
Manuel Casimiro
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