Era uma vez um dragão que se chamava Melanquinas e vivia no jardim da minha casa, no cimo de uma árvore que ficava virada para a janela do meu quarto.
O dragão era gordo e tinha os olhos amarelados e um pouco azuis, tinha a pele verde com manchas pretas e a cauda cinzenta.
Todos os dias me encontrava com o Melanquinas no jardim e sempre brincámos e falámos muito.
Um dia, ele contou-me que tinha encontrado um mapa de tesouro e perguntou-me se queria ir procurá-lo com ele.
Respondi que sim e partimos à aventura.
Viajámos juntos, passámos por um rio grande e largo e para atravessá-lo tivemos de construir um barco. Depois de chegarmos à outra margem, encontrámos um castelo e, segundo o mapa do Melanquinas, era aí que se encontrava o tesouro.
Quando entrámos no castelo, encontrámos um homem com uma espada perigosa e muito afiada. Este homem também procurava o mesmo tesouro e por isso atacou-nos e feriu-me num braço, mas o dragão Melanquinas derrotou-o e levou-me nas suas costas até ao sítio onde estava escondido o tesouro.
Tivemos de escavar a terra até encontrar a caixa do tesouro que estava enterrada num buraco bem fundo.
Regressámos a casa com o tesouro e o Melanquinas guardou-o na sua casa, no meu jardim.
Todos os dias abrimos a caixa do tesouro e olhámos maravilhados para ela… é este o nosso segredo!
Manuel Casimiro
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