quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A baleia Big-bang - Ana Paula Figueiredo & Pedro Emanuel Figueiredo


imagem de Micael Sousa - Baleia Big-bang



A baleia Big-bang



No Oceano Atlântico existe um conjunto de nove ilhas Portuguesas chamado de Arquipélago dos Açores. Estas ilhas de origem vulcânica fazem o encanto de muitas pessoas, habitantes e turistas que aí se deslocam para as conhecer.
A sua constituição rochosa, rodeada de um mar imenso dão a estas ilhas características únicas a nível de paisagem, fauna e flora.
Vários são os barcos de pesca que encostam ao cais carregados de peixe fresquinho para alimentar a população.
Outras vezes são os navios que semanalmente ancoram nos seus portos, cheios de turistas Portugueses e estrangeiros e que percorrem a pé ou de carro as suas ruas curvilíneas devido à grande existência de montes e vales. Muitos destes turistas vão também conhecer o mar e seus animais marinhos em pequenos barcos.
Num lindo dia de verão, chegou ao porto da ilha do Pico um navio cheio de turistas de várias nacionalidades, ingleses, franceses, holandeses, suíços, espanhóis, portugueses, japoneses, e chineses.
No grupo de portugueses encontrava-se a família Silva, uma família constituída por 6 pessoas: O Sr. Manuel, a D. Maria e os seus quatro filhos (um rapaz e três raparigas). Esta família nunca tinha visitado estas ilhas, pelo que todos se encontravam muito entusiasmados.
O filho mais velho deste casal, o Emanuel tem uma simpatia muito grande por animais, principalmente por os animais marinhos, e estava desejoso por fazer uma pequena viagem de barco por aquele imenso mar para observar as baleias.
As filhas mais novas, a Elisabete, a Palmira e a Helena adoram as paisagens na sua vertente mais pura e natural tanto de terra como do mar.
Por todas estas razões, a família Silva resolveu fazer a tão desejada viagem para observação das baleias.
No dia seguinte, bem cedo, a embarcação de nome Santa Rita saiu com alguns turistas rumo a alto mar. Nessa embarcação seguia também a família Silva, todos com os respetivos coletes de salvação.
O mar estava calmo, com uma ligeira ondulação. O dia estava claro e, adivinhava-se um sol radiante.
A nove milhas da costa o barco parou e desligou os motores na expetativa de rapidamente observar as baleias. Os seus passageiros mostravam-se muito curiosos e atentos a qualquer movimento do mar.
Enquanto o tempo ia passando e as baleias tardavam em aparecer, alguns turistas aproveitavam para apreciar uns petiscos, outros, os fumadores, aproveitaram para fumar uns cigarros.
Nesse grupo de fumadores encontrava-se o Sr. Silva. Desde os seus 19 anos que fumava. O seu filho Emanuel falava-lhe muitas vezes sobre os malefícios do cigarro (o cigarro pode provocar doenças graves a nível pulmonar, cardíaco, circulatório, renal e gastrointestinal) mas ele tinha muita dificuldade em deixar de fumar.
Este rapaz, um apaixonado pelo meio aquático, não se cansava de questionar a tripulação. Embora jovem não era completamente inexperiente na área, era aluno do curso de mergulho. – contava ele ao subcomandante da embarcação. Queria conhecer ao pormenor todas as espécies da fauna e flora destas águas, que pesquisava em livros e sítios da internet, durante os seus tempos livres. Uma das suas grandes preocupações consistia em saber se eram respeitadas as leis de conservação e proteção da biodiversidade…

A norte da ilha do Pico vivia uma colónia de baleias, umas adultas e outras jovens. Era um grupo divertido e bem conhecedor do fundo do oceano Atlântico. Já viajaram por outros mares, mas era aqui que queriam permanecer, nestas águas claras e com uma temperatura agradável para a sua espécie, embora apresentasse alguma poluição.
Nesta comunidade existiam treze jovens baleias, muito amigas, andavam sempre em grupo para evitarem o perigo. É que andar sozinho pode tornar-se complicado. Juntas têm mais facilidade em detetar situações perigosas. Os seus pais já lhes contaram histórias de baleias que foram capturadas por seres humanos.

Big-bang é uma jovem baleia deste grupo. O seu nome foi escolhido por sua mãe, logo que esta nasceu, pois o seu nascimento foi tão rápido e estrondoso que pareceu uma explosão, idêntica ao Big-bang que deu origem ao universo.
Perspicaz e curiosa, para esta baleia tudo servia para explorar. Locais longínquos ou próximos, situações simples ou complicadas, tudo servia para descobrir e aprender.

O tempo ia passando e não havia sinal de baleias.
- Temos que ter paciência. Por vezes é demorado. – dizia o comandante
Entretanto os turistas continuavam a comer, a beber e alguns a fumar. Quando terminavam de fumar o seu cigarro, deitavam-no para o mar.
- Pai, não faças isso. Estás a poluir ainda mais o oceano. – disse o Emanuel
Mas, o seu pai e os fumadores da embarcação não deram atenção aos conselhos do Emanuel.
Entretanto, o comandante chamou a atenção de todos para a agitação que se via não muito longe dali.
Todos se calaram. O único ruido que se ouvia era o do mar a ser atravessado por um grupo de baleias.
- Que bonito! – disse Helena num tom muito baixo
E todos ficaram ali a contemplar esta maravilha da natureza.

Esse grupo de baleias era constituído por Big-bang e seus amigos. Curiosos como eram, assim que viram a sombra da embarcação no fundo do mar, resolveram logo investigar o que se estava a passar.
Passaram várias vezes próximo do barco, provocando-lhe alguma agitação.
Entretanto, enquanto percorriam o espaço que envolvia a pequena embarcação, Big-bang encontrou um dos cigarros que foram deitados para o mar. Depois encontrou mais alguns.
-Ei, o que é isto? – perguntou Big-bang
- Não sei. – disse Oma, amiga de Big-bang
- Eu sei. – disse Cola – Eu vi uns humanos com isso na boca e a deitar fumo.  - Então vamos fazer como eles. Deve ser bom. – disse Big-bang
E todas as jovens baleias se reuniram próximo de umas rochas a fumar o resto dos vários cigarros que encontraram no fundo do mar.
Iam passando o cigarro de baleia em baleia, de boca em boca porque não sabiam que com este comportamento podiam adquirir infeções orais e problemas respiratórios.
Uns minutos mais tarde Big-bang começou com uma tosse intensa.
- O que tens Big-bang? – perguntou Oma.
- Não sei. – respondeu esta com uma voz quase impercetivel
Todas as baleias ficaram preocupadas com tal situação. Nunca tinham visto Big-bang naquele estado.
Levaram-na logo para junto dos adultos e, pediram ajuda.
- Vocês foram muito imprudentes. Não deviam apanhar objetos desconhecidos, ainda por cima cheios de fumo e colocarem-nos na boca. – disse Lusca o mais velho
 – Não sabem que os objetos que percorrem várias bocas, sem serem lavados ou desinfetados, podem provocar infeções? Não sabem que os cigarros contribuem para o aparecimento de doenças graves como: infeções respiratórias, cancro do pulmão e outros cancros, doenças cardiovasculares e outras doenças? – continuou o mais velho
Todos ficaram parados, sem saber o que dizer. Estavam muito preocupados com a saúde de Big-bang.

Entretanto, na pequena embarcação a desilusão era visível pois inexplicavelmente deixaram de ver as irrequietas baleias.
- Que se terá passado? – interrogavam-se uns aos outros
Muito pensativo e conhecedor do comportamento destes cetáceos, o Sr. Comandante disse – isto é muito estranho, tenho a certeza que ocorreu algo de grave.
Imediatamente deu ordem a três homens da tripulação que se equipassem para mergulhar. Quem quase desmaiou de felicidade e emoção foi o Emanuel, que foi convidado a ir com a equipa (o subcomandante disfarçadamente tinha obtido a autorização dos pais).
 Ficou deslumbrado com o que viu. No meio daquela imensidão de águas claras, encontravam-se enormes rochas multicolores devido há grande variedade de algas e recifes de coral. Mais á frente viu o que parecia ser um quadro pintado com um número infindável de cores flutuantes, era uma grande variedade de peixes distribuídos por enormes cardumes.
Entretanto descobriram o local onde se encontravam as baleias reunidas. Ficaram a observa-las. Parecia que estavam reunidas numa aula em que Lusca seria o professor.
Quase tudo parecia perfeito exceto a existência de pontas de cigarro nas barbatanas desta baleia.
Perceberam então o que se estava a passar, pois a expressão de Big-bang não deixava dúvidas. Esta baleia estava já com alguns problemas respiratórios.
Subiram então para o barco onde se encontravam os seus companheiros de viagem.
- Então, viram alguma coisa de estranho? – perguntou o comandante
- Vimos. - disse o Emanuel – uma das baleias está com aspeto adoentado. Fomos nós que lhes fizemos mal, pois havia uma grande quantidade de restos de cigarro junto delas.
Todos ficaram tristes com a situação.
A viagem de regresso a casa foi feita quase em silêncio. No entanto o Sr. Silva quebrou-o dizendo. - Aquele foi o último cigarro que fumei.

Já no fundo o mar Big-bang mostrava sinais de franca recuperação. Todas as baleias resolveram festejar tal acontecimento, pois esta é uma baleia jovem e forte.
Fizeram também uma promessa. Nunca mais pegariam em cigarros, pois estes provocam mal-estar e doenças que podem ter consequências graves e irreversíveis.
Estas baleias num dia conseguiram perceber o que muitos Homens em pleno século XXI não conseguem.

Escritores
Ana Paula Figueiredo & Pedro Emanuel Figueiredo

Segredos que não se escondem - escritor Pedro Emanuel Figueiredo


imagem Catarina Rodrigues - Polvo Amarelo

Rodrigo é um rapaz de dez anos de idade que vive em Vila do Conde, uma cidade que se situa no Norte de Portugal. Banhada pelo Oceano Atlântico, esta antiga cidade onde o rio Ave desagua possui importantes monumentos e uma magnífica praia de areia clara e fina, com alguns imponentes rochedos.
Mesmo em frente ao mar existe uma pequena casa branca acinzentada; esta cor acinzentada deve-se ao desgaste da pintura das paredes provocada pela erosão ao longo do tempo. É nessa pequena casa que vive o Rodrigo, um rapaz de estatura mediana, pele morena, olhos verdes e cabelo escuro encaracolado. A cor dos seus olhos confunde-se com o mar em dias de sol e, o seu cabelo parece as suas ondas em dia de tempestade.
Mas, nessa pequena casa em frente ao mar não vive só o Rodrigo, lá vivem também o seu pai, um homem alto, entroncado, com os músculos bem visíveis, moreno e cujas rugas denunciam uma longa vida de trabalho no mar. É que o pai deste pequeno rapaz é pescador de profissão. A sua mãe não tem profissão, ou melhor, é “Dona de casa”, faz um pouco de tudo, além disso também gosta muito de bordar e dedica-se quando pode às rendas de bilros (típico da região).
Rodrigo é um grande admirador da natureza, principalmente do mar, até inventou um pequeno poema dedicado ao mar imponente, que é assim:
Ó mar imponente
Que importante que tu és
Alimentas muita gente
E o que recebes? Pontapés!
Pontapés! Quero eu dizer
Muito lixo, poluição
Como eu gostaria de descrever
O que me vai no coração
Um dia, quando eu mandar
Vou pedir à população
Ajudem-me a limpar
Esta tamanha confusão.

Nutre também uma grande admiração pelo seu pai e pela sua profissão. Rodrigo gostava de um dia também se tornar pescador, mas de peixes das profundezas.
Um dia, enquanto o seu pai arranjava as redes de pesca, Rodrigo confidenciou-lhe que gostava de viajar pelo fundo do mar.
- Mas porquê pelo fundo do mar? – perguntou-lhe seu pai.
- Gostava de ver com que cores o fundo do mar está pintado. – disse Rodrigo.
- De muitas cores. – disse o pai.
- Sabes pai! Ontem o meu amigo Rui disse-me que abriu cá em Vila do Conde uma escola de mergulho, naquela casa amarela que esteve muito tempo em obras, junto ao Castelo.
- Ah! Já sei. E tu gostavas de praticar esse desporto? – perguntou o pai.
 - Adoooooorava. – respondeu, cheio de energia.
- Não sei se na tua idade é permitido o mergulho. – disse o pai.
Rodrigo franziu os olhos e não falou mais no assunto.
Na semana seguinte no dia 20 de Maio Rodrigo fazia 11 anos e, como todas as crianças da sua idade, andava entusiasmado, afinal só se festeja o aniversário uma vez por ano.
- Bom dia filho. – disse o pai. – Parabéns. Hoje é um grande dia e, eu e a tua mãe temos uma prenda surpresa para ti, mas não está cá em casa. Temos de sair.
- O que é? O que é? – perguntou cheio de alegria e curiosidade.
- Surpresa. Levanta-te e depois verás. – continuou o pai.
Rodrigo levantou-se num ápice, lavou-se, vestiu-se e pouco tempo depois estava à mesa pronto para tomar o pequeno-almoço. Bebeu um copo de leite, comeu um pão com marmelada e uma pêra. Depois, calçou as suas sapatilhas novas e foi ter com os pais à sala.
- Estou pronto. – disse. – Já podemos sair.
E saíram os três em direcção ao Castelo, que se situa junto à foz do rio Ave. Pararam mesmo em frente a uma grande casa de cor amarela, grandes portas e janelas e, com persianas brancas bem polidas. Virada para a rua havia uma grande montra onde se encontravam expostos diversos artigos de desportos marítimos como pranchas, fatos, óculos, barbatanas, …
- Entra. – disse o pai de Rodrigo. – O teu presente está aqui.
Os olhos de Rodrigo brilharam tanto, quase tanto como o Sol. Nem podia acreditar. Os seus pais ofereceram-lhe um equipamento e inscreveram-no nas aulas de mergulho.
- Que bom, já vou poder ver com que cores está pintado o fundo do mar. – disse com uma pequena lágrima no canto do olho, devido à imensa emoção.
Rodrigo marcou a sua primeira aula para o dia seguinte. Levantou-se cedo, mesmo antes do despertador tocar, arranjou-se, tomou o pequeno-almoço e foi para a escola. No final das aulas correu para casa em busca do seu equipamento e dirigiu-se para a escola de mergulho.
- Que desilusão! Pensei que já ia mergulhar hoje. – disse Rodrigo.
- Nem pensar Rodrigo, antes de mergulhar tens que assistir a algumas aulas teóricas. – respondeu o professor.
E assim, durante quinze dias o pequeno rapaz assistiu diariamente às aulas teóricas. Aprendeu que é importante respeitar o mar, assuntos relacionados com a fauna e a flora do fundo do mar, o equipamento a usar, procedimentos e cuidados a ter durante o mergulho.
- Estas aulas foram muito interessantes. – disse Rodrigo. – Aprendi imenso.
Até que chegou o dia mais esperado, o dia em que Rodrigo ia dar o seu primeiro mergulho. Eram oito horas e quarenta e cinco minutos e já Rodrigo se encontrava com o seu equipamento de mergulho na praia em frente ao Castelo de Vila do Conde. Poucos minutos depois chegou o seu professor.
- Já cá estás? Madrugaste! – disse o professor.
- Queria estar cá antes das nove horas, para verificar se tenho tudo em ordem.
E assim, professor e aluno fizeram uma revisão dos assuntos, verificaram o material, equiparam-se e mergulharam no imenso Oceano Atlântico.
A aula correu bem, como previsto. Rodrigo sempre apresentou um fascínio pelo mar, mas agora o seu fascínio aumentara ainda mais. E todos os dias, durante meses,  Rodrigo tinha aulas de mergulho teóricas ou práticas, com o seu professor Gaspar.
Até que um dia, resolveu mergulhar sozinho. Vestiu o seu fato de mergulho e deslocou-se para o local habitual. Fez uma revisão dos assuntos importantes e também do material a usar e, mergulhou. Rodrigo não quis afastar-se muito da costa, afinal era o seu primeiro mergulho sem a presença do professor. Nadou, nadou, nadou, ora junto à areia, ora junto às rochas, até que ouviu uma suave melodia sair de uma pequena gruta existente nas rochas. Parou, depois nadou na direcção do som, e parou surpreendido. Nem queria acreditar no que estava a ver. Dentro de uma das pequenas grutas encontravam-se vários polvos a tocar e a dançar, com umas saias multicolores, feitas de algas.
Assim que os pequenos polvos se aperceberam da presença do rapaz a música parou e todos fugiram para pequenos buracos existentes no interior da gruta.
- Não fujam. – disse Rodrigo. – Eu não vos faço mal, a música é linda e vocês dançam muito bem. Deixem-me também.
Mas ninguém apareceu. Então o rapaz foi para casa. Durante toda a noite sonhou com a gruta e com o bailado que vira.
No dia seguinte, bem cedo, resolveu voltar à gruta. Quando lá chegou encontrou um pequeno polvo sentado numa das rochas. Tinha uns cabelos longos, olhos castanhos da cor do mel, uns tentáculos cor-de-rosa e uma linda saia feita de algas.
-Bom dia. – disse Rodrigo. – Como te chamas? Posso ser teu amigo?
Assustado o polvo estremeceu, mas respondeu: -Chamo-me Polvita.
- Polvita! Que nome tão bonito. Então és uma menina! – exclamou Rodrigo.
-Eu chamo-me Rodrigo e sou um rapaz. Vivo aqui perto, mas em terra.
-Já ouvi falar de vocês. – respondeu Polvita ainda um pouco assustada. – Disseram-me que vocês gostam dos polvos para comer.
- Eu não. – respondeu Rodrigo. – Eu só quero ser teu amigo.
E assim deram inicio a uma longa conversa sobre as coisas do mar e da terra. Rodrigo contou as peripécias da escola e Polvita as peripécias das suas aulas de dança.
 Nas semanas seguintes, sempre à mesma hora Polvita e Rodrigo encontravam-se para conversar, brincar, cantar e dançar.
Até que um dia, quando Rodrigo chegou à gruta, não encontrou Polvita.
- Estranho. – pensou. – Ela é sempre tão pontual!
Mas trinta minutos depois Polvita apareceu. Parecia triste.
- Que susto! – Pensei que não vinhas. Aconteceu alguma coisa? Estás triste?
- Estou. – respondeu Polvita. – Hoje acordei com uma dor num dos meus tentáculos e vi que tem um papo. Olha para aqui.
- Que grande papo! Tens que mostrar à tua mãe e ao médico, porque existem papos que se podem transformar em doenças graves e sem cura. – disse Rodrigo.
- Mas eu não quero preocupar a minha mãe, além disso também não gosto de ir ao médico.
E os dois, mais uma vez ficaram ali sentados nas rochas a conversar sobre as coisas da terra e do mar. Foi assim durante várias semanas.
Polvita não quis falar com a sua mãe sobre o seu problema e, como seria de esperar o resultado foi o agravamento da situação.
Um dia, como habitualmente, Rodrigo foi ter à gruta para mais uma conversa com a sua amiga, mas esta não apareceu. O rapaz esperou, esperou, esperou, mas nada. Resolveu então voltar para terra, no entanto seguiu um percurso diferente do habitual.
Parou de repente ao ouvir alguém chorar. Seguiu o som e, encontrou Polvita numa poça das rochas a chorar.
- Que tens Polvita?
- É este papo que me dói muito e está maior. – respondeu Polvita. – Já nem consigo dançar.
- Tens que mostrar à tua mãe. Esse problema tem que ser resolvido. - disse Rodrigo.
Então, Polvita resolveu ir ao encontro de sua mãe. Nesse mesmo dia foram ao médico mostrar o papo. Felizmente não era grave e a situação resolveu-se numa semana.
E assim termina esta história.

Porto Rio


Presépio "Mar Imaginarium"


Presépio construído pelos alunos: Catarina Rodrigues, David Parente, Raul Gomes.


Os alunos CEI com votos de 
Feliz Natal e Bom Ano 2013